terça-feira, 27 de maio de 2014

Dia 26 de Maio - Matriz Produções lança Teaser do Documentário "A Nova Ordem"



A Matriz Produções passou 10 dias na Feira do Livro de Ribeirão Preto, criando um documentário composto por matérias na integra com entrevistas e depoimentos. Foram 10 dias de pesquisas sobre a parte temática da feira: A criança, o idoso, o índio, o homossexual, o deficiente, o negro, a mulher,o meio ambiente, os direitos humanos e a juventude(s) no Brasil. Gerando mais de 100 horas de imagens possibilitando adentrarmos nessa nova realidade politica do Brasil.

Dia 25 bde Maio - O livro e a Leitura Diante da Condição dos Direitos Humanos no Brasil

Para Marco Mondaini, defesa dos Direitos Humanos está nas mãos dos jovens



Um retrato de como o tema Direitos Humanos é importante na história do Brasil e na formação dos brasileiros. A Conferência do professor de história da Universidade Federal de Pernambuco Marco Mondaini foi uma aula de como a preservação dos direitos universais é importante para o funcionamento de qualquer democracia. A palestra encerrou o ciclo de conferências da 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, neste domingo, 25, e explicou que os jovens estão exigindo a história em suas mãos, fazendo referência ao tema da Feira deste ano.
No palco do Theatro Pedro II, Mondaini começou falando sobre a tortura, “uma instituição no país que existe desde a colonização. As principais vítimas da tortura na época colonial foram os índios e negros escravizados pelos portugueses. O pelourinho  era espaço onde negros sofriam torturas”.  Ele fez questão de destacar que até hoje os negros ainda são as grandes vítimas dos abusos.
“No regime militar, tortura era ensinada, haviam professores de tortura noDepartamento de Ordem Política e Social (DOPS) e as aulas ministradas não eram feitas com bonecos, mas pessoas vivas, que foram presas pelo órgão”.  Segundo o professor, muitos destes “mestres em tortura” ocupam cargos públicos em instituições no país atualmente. “Enquanto nenhum destes torturados não pagar pelas atrocidades cometidas o Brasil ainda haverá essa chaga que foi uma das maiores violações dos Direitos Humanos já existentes”.
O convidado da Feira se mostrou favorável à democratização dos meios de comunicação. “A grande ameaça no país hoje à liberdade de expressão não é o Estado, mas sim, o setor privado”. Para Mondaini o fato dos meios serem controlados por famílias cria um monopólio, além de priorizar os interesses dos anunciantes em detrimento aos do público.
O professor ainda destacou que programas jornalísticos policiais e que alguns âncoras de telejornais violam os Direitos Humanos no Brasil. “O Governo, que deveria puni-los, a concessão é pública, mas ninguém é punido.  A sociedade civil precisa cobrar do Estado alguma atitude”.
Para Mondaini, quem pode mudar este cenário de violações de direitos são os jovens, que durante muito tempo foram criticados por não fazerem nada. Mas, hoje estão cada vez mais interessados em política e perceberam que a história está em suas mãos.  Ao fim da Conferência, no último dia da 14ª Feira Nacional do Livro, o também escritor desabafou. “Que o número de leitores no Brasil aumente como o número de manifestantes e caminhe junto com os Direitos Humanos. E que mais discussões como estas possam ser feitas. Por isso, vida longa a Feira do Livro de Ribeirão Preto”.


14ª FEIRA NACIONAL DO LIVRO DE RIBEIRÃO TERMINA COM ESPETÁCULO EMOCIONANTE DA ORQUESTRA BACHIANA

Público lotou o Pedro II e aplaudiu de pé a orquestra regida por João Carlos Martins, com a participação especial do jovem tenor Jean William




Com o Theatro Pedro II lotado aplaudindo de pé o espetáculo emocionante da Orquestra Bachiana, regida pelo maestro João Carlos Martins, terminou na noite deste domingo, 25 de maio, a 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.
Mais de 200 autores e 100 artistas passaram pela Feira nos dez dias. O público estimado pela direção da Fundação Feira do Livro neste ano foi de 450 mil pessoas.
O presidente da Fundação, Edgard de Castro, afirmou que a Feira temática foi um enorme sucesso e que a queda de público em relação a edições anteriores já era esperada porque neste ano os grandes shows foram tirados da programação e o evento priorizou sua vocação literária. “Durante dez dias, Ribeirão foi um fórum de discussão das questões da cidadania que tanto afetam o país”, disse Castro.
O filósofo César Nunes, programador temático da Feira deste ano, também ressaltou o sucesso do evento. Segundo ele, a Feira de 2014 ficará para a história da cidadania e da afirmação da sociedade civil brasileira. “Cabe a nós testemunhar que esse momento não se mede somente pelos grandiosos números de pessoas presentes, de livros comercializados, de atividades artísticas e culturais, de palestras, de salões de ideias, de mesas de debates, de conferências e de eventos circenses, teatrais, musicais e corais. Mede-se, sim, pelo inestimável passo que demos na direção de um país melhor, democrático e participativo, superando suas dominações históricas.” Ele revelou que a Feira de 2015 vai discutir a cultura brasileira.

Fernando Morais

Na manhã de domingo, o palco do Pedro II foi do jornalista e escritor Fernando Morais. O conceituado biógrafo prepara um trabalho sobre o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que deve ser lançado em 2015. “O livro está quase pronto, mas não pretendo lançá-lo em ano eleitoral”. O livro contará a vida de Lula, entre a saída da prisão, no início da década de 1980, até o último dia na Presidência, em 2011.
No Salão de Ideias, Morais revelou que o livro sobre Lula é o último que escreverá. Segundo ele, o desgaste recente sobre a publicação de biografias é um dos motivos para sua aposentadoria.
Respondendo a questões do público, Morais defendeu veementemente a revolução cubana e os governos de Lula e Dilma Rousseff e falou sobre as manifestações antiCopa deste ano. “O Brasil vai ter Copa. O que não vai ter é segundo turno.”

Orquestra

 “Jamais a palavra esperança desapareceu da minha vida. Há 10 anos me disseram que eu nunca mais poderia tocar profissionalmente, mas aqui estou eu, eu toco, pois quero tocar o coração das pessoas através da música.” A frase do maestro e pianista João Carlos Martins foi uma das que encantaram a plateia, que vibrou e aplaudiu de pé cada peça tocada no último evento da Feira do Livro.
 “Mudei todo meu repertório hoje à tarde. Isso aqui não é um concerto comum, isso aqui é um encerramento e o que é melhor, de uma Feira de livros, de cultura e fechar com música é uma honra pra mim”, disse o maestro que tocou Mozart, Beethoven, tangos e uma homenagem especial para Ribeirão Preto, “Trem das Onze”.
Martins, que regeu e tocou piano, trouxe também dois convidados especiais: o também maestro Serguei Eleazar de Carvalho e o jovem tenor Jean William, natural de Barrinha, município próximo a Ribeirão Preto, que emocionou a plateia com sua potência vocal e interpretação.
No final do concerto, o público continuou de pé, insistindo em um bis. Martins voltou então sozinho, tocou o Hino Nacional e foi ovacionado. Muita gente chorou.


crédito: Sté Frateschi / Feira do Livro
                       Fonte: Wolfgang Pistori - Imprensa
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                Fundação Feira do Livro

Dia 24 de Maio - O Livro e a Leitura Diante da Condição da(s) Juventude(s) no Brasil

PARA SÉRGIO RODRIGUES, COPA NO BRASIL É A MENOS EMPOLGANTE DOS ÚLTIMOS ANOS


Às vésperas da Copa do Mundo, futebol e literatura tomaram conta da 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto quando o jornalista e escritor Sérgio Rodrigues subiu ao palco do Theatro Pedro II, neste sábado, 24. Seu último romance, “O Drible”, é um drama que utiliza o esporte mais popular do país como fio condutor da história. Além do livro, Rodrigues tentou explicar por que o futebol é tão pouco utilizado na literatura nacional e porque considera a Copa no Brasil um desastre.
Respondendo à plateia, o escritor criticou a Copa que começa em 12 de junho. “Desde 1970, quando comecei a acompanhar Copas, nunca vi uma Copa tão desanimada. Eu atribuo isso ao desastre da organização. Isso não estava na cabeça do governo há sete anos. O Brasil não deveria ter se candidatado. Essa Copa deveria ser feita aqui daqui a 20 anos”, completou. O escritor ainda fechou sua opinião ironizando o país do futebol. “A Copa do mundo no país do futebol é a Copa pela qual o país do futebol menos se interessou”.
No dia em que a Feira discutiu a condição da Juventude no país, Rodrigues agradou a plateia com um bate-papo futebolístico. Sérgio iniciou a conversa falando de Peralvo, um de seus personagens, que no livro é revelado como um garoto especial, título merecido pela velocidade, por conseguir ganhar o lance das jogadas segundos antes dos outros. O autor destaca que a história de Peralvo é contada a partir das impressões do pai dele. “Dai vem a questão, ‘e se’ um jogador foi realmente mágico?” questiona ele.
            O escritor ainda contextualiza o famoso lance de Pelé contra a Checoslováquia, usado no início do livro, com o livro em si. Ele mostra que o livro é um drible. “Através da narrativa, o livro também tenta dar um drible no leitor. É uma surpresa. Assim como o pai de Peralvo tenta driblá-lo”, descreveu. Sérgio também se lembrou de uma entrevista que fez com o Rei do futebol, onde Pelé disse: “Tantos gols lindos para serem lembrados, mas sempre se lembram dos que eu não fiz”.
            “Meus livros costumam ser encharcados de histórias. Eu uso música, esportes, culturas. Sempre preciso enraizar a história nisso. É o meu jeito de trabalhar”, acrescentou o escritor, que também comentou que a junção de literatura e futebol no livro “deu samba”.
            Entre as grandes inspirações para “O drible”, Sérgio foi direto: Nelson Rodrigues. “Eu admiro o Nelson. Não só como cronista esportivo, mas também como dramaturgo. Como escritor, eu devo muito a ele e sua participação no livro é uma forma de homenageá-lo”, explanou.
            Ao abrir a rodada de perguntas, Sérgio foi questionado sobre a aparição das artes marciais e se elas poderiam roubar o lugar do futebol nos corações dos brasileiros. Sendo certeiro, Rodrigues disse que nem a Fórmula 1, em sua melhor forma, conseguiu tal feito e que não será o MMA que fará isso.

            Sérgio Rodrigues ainda falou sobre seus trabalhos desde o começo de sua carreira, como o trabalho de correspondente do Jornal do Brasil em Londres e também suas experiências no O Globo e na TV Globo. 

Fonte: Wolfgang Pistori - Imprensa
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            Fundação Feira do Livro

Dia 23 de maio - O Livro e a Leitura Dianteda Condição do Meio Ambiente no Brasil

Mesa de debate sobre Meio Ambiente assusta publico com dados negativos sobre poluição e falta d’água no mundo



“Durante a ditadura militar, enquanto os outros países começavam a discutir sobre as consequências da poluição, o Brasil fazia campanha em jornais importantes no exterior com o slogan “venham nos poluir”, pois a poluição traria desenvolvimento, o governo alegava”. O relato é de Alfredo Sirkis, escritor, jornalista e ex-secretário de Urbanismo da Cidade do Rio de Janeiro, que, ao lado do escritor e engenheiro civil ribeirãopretano Alberto Gonçalves, formaram a Mesa de Debates desta sexta-feira, 23 de maio, para discussão do tema: “O livro e a leitura diante da condição do meio ambiente no Brasil”, que aconteceu no salão principal do Theatro Pedro II, às 16h.
Durante sua fala, Sirkis ilustrou como marco das questões ambientais no Brasil, uma história que aconteceu em Porto Alegre em 1975. “Havia um projeto para alargar uma avenida importante e uma grande árvore no meio do caminho seria derrubada, um estudante mineiro, que residia na cidade, resolveu subir nessa árvore e com esse ato conseguiu salvá-la, pra mim esse foi o Genesis do início da preocupação com o meio ambiente no nosso país”, finalizou Alfredo.
O escritor ribeiraopretano Alberto Gonçalves focou sua fala no aquífero Guarani e no consumo de água no planeta e chocou a plateia com números altíssimos de desperdício. “Para conseguirmos manter o consumo, precisaríamos de cinco planetas iguais ao nosso, somente para manter, pois nem esses cinco planetas seriam suficientes para satisfazer o nosso alto consumo. Vivemos numa sociedade onde tudo é feito para gerar mais consumo, mais lucro, os produtos são todos feitos com ‘obsolência programada’, o capitalismo não se sustenta se o consumo diminuir”, enfatizou o escritor, que ainda criticou o governo pelo descaso com o meio ambiente. “Essa ideia de sustentabilidade é uma hipocrisia, esse conceito sustentável é hipócrita, o consumo não vai diminuir”, completou.
Os dois escritores abriram espaço para perguntas e focaram no emergencial. O ex-secretário alertou para os perigos dos lixões a céu aberto e foi enfático ao falar da reciclagem como opção para diminuição desse lixo. “O lixo só é considerado lixo, pois está misturado, mas quase tudo que se joga fora pode muito bem ser reaproveitável”.
Para finalizar, o ribeirãopretano falou sobre problemas sem solução para o aquífero Guarani e deixou a plateia com uma questão para refletir. “As soluções que apresentaram nos estudos realizados até hoje são inviáveis, nós consumimos cerca de 80m³ mas a natureza só consegue repor 46m³. E quando nossa água acabar?”.
A arquiteta e urbanista Nayara Sartorato, que veio a Ribeirão Preto especialmente para a Feira do Livro, saiu satisfeita da palestra. “Apesar de me preocupar com o consumo sustentável nos meus projetos, estou mais atenta, eu não sabia desses dados tão preocupantes, que bom que agora eu e todos que assistiram a palestra tomamos nota, já passou da hora de se conscientizar.”

A bióloga e doutora em Educação Ambiental Clarice Sumi Kawasaki, que também participaria da Mesa de Debates, alegou problemas de saúde e não participou do bate-papo.

Fonte: Wolfgang Pistori - Imprensa
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          Fundação Feira do Livro.

domingo, 25 de maio de 2014

Dia 22 de Maio - O Livro e a Leitura Diante da Condição do Homossexual no Brasil


Gregório Duvivier, ovacionado no lotado Theatro Pedro II, revela que Porta dos Fundos vai lançar filme



Pedro II lotado, filas na Esplanada com três horas de antecedência, convidado emocionado com a recepção do público e arrancando suspiros com suas histórias e declamação de poemas, fila de mais de 200 metros para conseguir um autógrafo. Esse pode ser o resumo do Salão de Ideias com o ator e escritor Gregório Duvivier, do Porta do Fundos, que ocorreu na tarde desta quinta –feira, na 14ª feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.  No palco do Theatro Pedro II, Duvivier revelou que o grupo vai lançar seu primeiro longa metragem, um  épico ao estilo de Games of Thrones, em junho de 2015.
Duvivier entrou no palco ovacionado por um teatro totalmente lotado. Visivelmente emocionado, o ator relatou que a primeira vez que esteve em Ribeirão Preto foi em 2012, apresentado uma peça no Sesc para a menor plateia de sua vida. O motivo: na mesma data acontecia a exibição do último capítulo da telenovela “Avenida Brasil”.
O ator iniciou o bate-papo falando de como é fazer humor no Brasil. Segundo ele, trabalhar com o gênero no país é muito fácil, porque aqui as piadas já vêm prontas. Duvivier citou como exemplo o Rio de Janeiro, que está a menos de um mês da Copa do Mundo e tudo ainda está o mesmo caos. “Como não fazer piada disso? Pra mim o humor é uma ferramenta de denúncia. A ironia atinge a pessoas sem ela perceber”. Ele ainda disse que nem todo humor é engraçado e xemplificando citando o bullying, que considera um ato de covardia. 
Como não poderia ser diferente, o assunto Portas dos Fundos dominou o debate. Todos queriam saber qual o próximo passo da trupe e se vão mudar a ideologia após terem fechado contrato com a Fox. Duvivier tranquilizou todos os fã dizendo que a emissora apenas irá passar os vídeos do grupo sem cortes durante o intervalo de sua programação. Ele ainda adiantou que o grupo prepara uma série sobre Copa do Mundo, que será vinculada todos os sábados de junho deste ano, e outras sobre polícia e política para os meses de agosto e outubro.
Porém, a notícia que levou a platéia ao delírio foi a informação em primeira mão que o Porta dos Fundos prepara um filme épico medieval ao estilo do sucesso “Game of Thrones” para o meio do ano que vem. Quem escreveu o roteiro foi o próprio Duvivier. “Eu terminei o roteiro esta semana e enviei para revisão, as gravações começam em janeiro de 2015 e o filme deve ser lançado em junho do mesmo ano”.
O ator fez questão de ressaltar que o humorístico mudou sua vida. “Antes do Porta dos Fundos, eu não estava feliz com minha carreira de ator na televisão”.  Para Duvivier, eles tiveram uma grande sacada ao perceber que a internet era o futuro. Ele ainda comentou que a melhor coisa do Porta, além de trabalhar entre amigos, é ter prazo determinado para a realização de cada trabalho.  “Muita gente não gosta de trabalhar com prazo determinado, já eu acho que escrevo melhor se tiver dia e horário marcado para entregar as coisas”.  
No Salão de Ideias, ele ainda falou de assuntos polêmicos: AIDS, homossexualismo, preconceito racial, política e como é fazer humor com estes temas. Recentemente, o grupo lançou o “Viral”, uma série sobre um portador do vírus HIV, interpretado pelo ator. “Este é um assunto polêmico que havia caído no esquecimento e estes quatro episódios resgataram o tema”.  Segundo ele, muitos médicos entram em contato com a produtora elogiando a iniciativa.
O estudante Cassiano Ferreira perguntou a Duvivier qual o papel da arte na quebra dos preconceitos sociais. O ator respondeu que ela é fundamental, principalmente em questões ligadas ao racismo e homossexualismo, pois ainda são tabus que as pessoas tratam como algo invisível, pois o brasileiro, mesmo sabendo que o país é muito preconceituoso, não gosta de admitir o preconceito.
Durante a conversa, ele ainda leu poemas de seus livros e, quando fazia a leitura de um deles de seu novo livro “Ligue os Pontos”, pediu para a platéia filmar e postar nas redes sociais.  O ator ainda ressaltou que é a favor da Copa do Mundo porque gosta de futebol e agora já está tudo pronto. “As pessoas não têm que gritar ‘não vai ter Copa’, mas sim cobrarem uma investigação sobre o quanto foi gasto”.


 A estudante Poliana Tomazini, de 17 anos, veio de Franca apenas para ver Duvivier. “Eu admiro muito o trabalho dele desde o filme “Apenas o fim” (2008), sou fã do Porta dos Fundos e tenho todos os seus livros”. 


Na Feira do Livro, João Nery defende cota para transexuais em universidades brasileiras



“É um absurdo religião e política governarem juntos, os evangélicos nas bancadas dizem que tudo bem você ser gay, desde que você não pratique, mas isso é como dizer para um negro que ele pode ser negro, mas que deve arrancar sua pele”. Para o militante Paulo Mariante, ainda é longo o caminho para que os novos direitos dos Homossexuais sejam praticados. A distância é causa, em grande parte, da confusão entre política e religião que há no país.
Mariante, ao lado do transhomem e escritor João Nery e do defensor público Paulo Giostri, participaram da Mesa de Debates que debateu “o Livro e a leitura diante da condição do homossexual no Brasil”, no Theatro Pedro II. O bate-papo da quinta-feira, 22, falou sobre leis e direitos que protegem o Homossexual no Brasil, mas principalmente dos motivos que levam a homofobia a ser mais recorrente do que se pensa. O evento foi mediado pelo cartunista ribeirão-pretano Cordeiro de Sá.
João Nery, formado em psicologia e ex-professor universitário defende a cota para transexuais nas universidades. “Os transexuais são marginalizados e deixam de estudar por não conseguirem lidar com as brincadeiras e muitas vezes agressões físicas, dizem que os homens são de Marte, mulheres são de Vênus e os transexuais, não tem planeta?”, brincou com a plateia.
O defensor público, Paulo Giostri disse que, mesmo sendo evangélico, para ele os direitos humanos não são negociáveis e que uma coisa deve ser tratada separada da outra. Questionado por um ouvinte da plateia sobre o que a bíblia diz da homossexualidade o defensor foi direto. “Preconceito é pecado, e quem achar errado que atire a primeira pedra, eu não quero atirar esse pedra, eu quero combate-la”.
Em sua primeira Feira do Livro, João Nery falou sobre o lançamento do seu livro “Viagem Solitária” e sobre a lei, que leva seu nome, que garante a mudança do nome de batismo pelo nome social dos transexuais. “A transexualidade ainda é vista como uma doença e além da não aceitação pela sociedade, o transexual sofre preconceito dos próprios homossexuais. Somos invisíveis, nós só aparecemos quando alguém pergunta o que a letra T significa na sigla LGBTT” completa.
O machismo e a rotina escolar também foram comentados, tanto pelos integrantes da mesa quanto pela plateia. “A homossexualidade deve ser tema de discussão na escola, mas tem muita gente que acha que isso vai ‘ensinar’ a ser gay e sinceramente não há besteira maior do que esse pensamento”, lamentou Paulo Mariante.
Arthur Fernandes, um menino transexual de 13 anos que mora em Ribeirão Preto, acompanhou o debate da plateia e disse que foi à 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto exclusivamente para ver João Nery e que se identificou com os relatos do transexual. “Tudo que ouvi hoje superou minhas expectativas, estou sem palavras”, 


Em Conferência na Feira do Livro, Jean Wyllys explica defesa da liberação da maconha



“Você sabia que o Brasil produz mais de 50 mil homicídios por ano e que mais de 70% desses homicídios estão ligados à guerra das drogas? Você sabia que o Brasil, em termos absolutos, tem a 4ª maior população carcerária do mundo e que mais de 60% dessa população está lá por causa do tráfico, além de ser jovem, negra ou pobre? Você sabia que hoje no Brasil tem mais de 10 milhões de pessoas fazendo quimioterapia com diferentes tipos de cânceres, que poderiam usar produtos derivados da cannabis para suportar o tratamento com menos enjoos, tonturas, vômitos e dores e não usam porque o uso desses produtos é proibido no Brasil? Você sabia que uma pessoa que fuma um baseado pode dirigir tranquilamente já que não há lei seca de um produto não legalizado?”.
Com esses questionamentos o deputado federal Jean Wyllys explicou por que apresentou um projeto para liberação da maconha no Brasil. Segundo ele, só pode haver controle através de regras e restrições que dificultam o acesso quando um produto é legalizado, como a bebida alcoólica ou o cigarro comum. “Esse projeto está muito mais a favor da sociedade, da infância, das famílias do que os demagogos que falam mal do consumo da maconha, mas se entopem de rivotril e de álcool”, finalizou o deputado, aclamado por aplausos da platéia que encheu o Theatro Pedro II, em Conferência na noite desta quinta-feira, na 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão. O tema da conferência foi “O Livro e a Leitura Diante da Condição do Homossexual no Brasil”.
Formado em jornalismo e mestre em Letras e Linguística, professor universitário e deputado federal, Jean Wyllys ficou conhecido no país todo após vencer o Big Brother Brasil, da TV Globo.
 A maior parte da discussão tratou de temas que abrangem os preconceitos, principalmente sobre o homossexualismo e as minorias sociais. Jean ressaltou que o preconceito não é nada mais que um conceito preformado diante da identidade cultural ou étnica que a sociedade impõe ou criou. Segundo ele, a maneira de eliminar isso é combatendo a ignorância, isso é, por meio e estudos e conhecimento, afinal, preconceito é uma falsa certeza. Para ele, a homofobia causa a homofobia interna nos gays, pois passa uma ideia de inferioridade, de vergonha e humilhação partilhada historicamente por todos, heteros, lésbicas, travestis, homossexuais e bissexuais. “As pessoas conhecem de tudo um pouco, mas esse pouco é mal e com isso seguem um boato e lincham uma pessoa. Muitas vezes, a vida não consegue desfazer esses preconceitos e a pessoa morre com eles”.
 Jean disse que desde cedo a criança vive num círculo preconceituoso, como quando um colega fala para o outro na escola: “ Você é uma mulherzinha”. Nessa frase, está se inferiorizando a mulher. Para ele, o Dia do Orgulho da Parada Gay é de extrema importância para dar espaço para as pessoas lutarem por seus direitos.
O deputado parabenizou a 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto por discutir temas, através da leitura e do livro, que envolvem a sociedade brasileira, como os direitos da mulher , do negro, do deficiente e do homossexual, ou seja, os direitos humanos no geral.
A médica Lilian Grimm, 45 anos, disse que fez questão de levar sua filha Anabel, de 13 anos, à Conferência para que a menina conhecesse as ideias do deputado. Segundo a mãe, “a filosofia de Jean facilita o diálogo”. Liliam disse que ouviu o deputado pela primeira vez num evento comemorativo aos 30 anos de combate à AIDS, em São Paulo.


Fonte-Wolfgang Pistori - Imprensa
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           Fundação Feira do Livro

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dia 21 de Maio - O Livro e a Literatura Diante da Condição da Pessoa Deficiente no Brasil

                    Ator de “Colegas” diz que deficientes não devem se esconder 


Um auditório lotado recebeu com palmas na tarde desta quarta-feira, dia 21 de maio, o casal de atores portadores da Síndrome de Down Ariel Goldenberg e Rita Pokk, no auditório Meira Júnior do Theatro Pedro II, para um Salão de Ideias da 14ª Feira Nacional do Livro. Intermediados pela produtora Aleksandra Zakartchouk, eles falaram sobre as experiências pessoais e profissionais, para um público formado por pessoais de todas as idades e com diversas deficiências. Ambos se mostraram extasiados com a lotação do teatro. Sobre toda a produção e gravação do longa metragem “Colegas”, que ganhou vários prêmios no Brasil e exterior, Ariel se autodenominou corajoso e disse que o incentivo para a gravação do filme existiu desde o começo. Já Rita contou que foi a realização de um grande sonho e que tudo foi maravilhoso. Alek, como é conhecida entre eles a produtora que mediou o bate papo, revelou que no inicio, quando ela e os outros produtores procuravam incentivos e patrocínios para o filme, tudo foi muito difícil. Alek diz que o ser humano pode evoluir muito com a experiência de ajudar ao próximo. Ariel concordou. “Não devemos nos esconder, temos que encarar a sociedade de frente”, falou o ator, se referindo a todos os deficientes.

Para o cadeirante Jairo Marques, é preciso amar para entender a diversidade




“Antes de meu irmão nascer eu não enxergava as pessoas com deficiência. Hoje a maior deficiência do mundo são as pessoas.” Com essa frase Leonardo Gontijo explicou como é sua relação com seu irmão Dudu, portador da síndrome de Down. Além dos dois, estavam presentes na Mesa de Debate que discutiu a condição do deficiente no Brasil o jornalista da Folha e cadeirante Jairo Marques, o deficiente visual Fernando Botelho e a professora Lucena Dall’Alba. Eles falaram do preconceito que os deficientes sofrem e de como deve ser feita a inclusão deles na sociedade.
Antes do início do debate, Dudu do Cavaco tocou o Hino Nacional no cavaquinho. Em seguida, seu irmão Leonardo falou da importância de estimular os deficientes a descobrirem algo que gostem e dominem. Ele ainda afirmou que é preciso acabar com a ideia de que deficiente é coitadinho.  Ele coordena junto com o irmão, em Belo Horizonte, Minas Gerais, o projeto Mano Down, que aconselha familiares de pessoas com Down a como lidar com a limitação dos portadores da síndrome.
Já a professora Lucena, que tem uma irmã com deficiência mental, disse que debater este tema em uma Feira do Livro, além de levantar a questão sobre o preconceito, serve para discutir o tipo de literatura que é feita para os deficientes. Segundo ela, não são todos os livros que retratam corretamente a vida de um deficiente. “Nós temos livros que retratam personagens com deficiências físicas e motoras. Mas os deficientes mentais, na grande maioria das vezes, são esquecidos”. A professora disse ainda que a maioria das pessoas tem medo ou receio de chamar atenção de pessoa com necessidade por pena.  Sentimento que não pode existir. “Não é porque ele tem uma deficiência que eu não posso chamá-lo de chato. Posso e devo”.
Os palestrantes também debateram o atraso que o Brasil vive em relação aos países de Primeiro Mundo. Jairo Marques, que em 2012 cobriu os jogos Paraolímpicos em Londres, disse que os ingleses deram uma lição de cidadania. Antes de receberem os participantes para a competição, a organização promoveu ações na cidade, levando portadores de deficiência a escolas e locais de trabalho para mostrar como essas pessoas tinham uma vida normal. A iniciativa deu tão certo que em um jogo de bocha entre público vibrava e se emocionava a cada jogada. Ele ainda aproveitou para relatar que uma funcionária do hotel em que ele está hospedado em Ribeirão Preto havia ficado indignada por ele ter vindo sozinho para a cidade. “Mas você não pode tomar banho sozinho”, teria dito a funcionária.
Foi este atraso e falta de tecnologia que levaram o deficiente visual Botelho a ir estudar nos Estados Unidos quando jovem. Segundo ele, isto foi um divisor na sua vida e o fez passar de um aluno médio na escola para um dos primeiros na universidade. Porém, ele percebeu que apenas uma minoria financeiramente favorecida tinha essa possibilidade. Foi devido a essa indignação que criou o projeto F123, uma iniciativa barata que aumenta o acesso à educação e ao emprego para os deficientes visuais através da tecnologia e utilização de software livre. “De 1997 a 2006, o preço do computador básico caiu 80%. Já o computador para cegos teve um aumento de 20% no país. Em países desenvolvidos ele é de graça”.
 Marques elogiou a 14º Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto pela coragem em discutir a condição do deficiente em um evento literário e chamou os organizadores de atrevidos por convidá-lo a participara da Mesa de Debates. Ele disse que sua missão no jornalismo é tirar as pessoas deficientes da invisibilidade. “Eu vivi quase dois anos da minha vida no hospital. Hoje, eu escrevo para provocar aquela pessoa que diz que tem pena do deficiente, mas para em vaga destinada a pessoas especiais. Minha mensagem é sempre provocadora, porque o deficiente já sofreu demais para ser tratado como coitadinho”.
O professor Márcio Bresciani, que estava na plateia, disse que leciona em uma escola que tem dois alunos com deficiência física e muitas vezes os outros estudantes não sabem lidar com o diferente. “Esta discussão me mostrou um caminho para mediar isto”.  
No encerramento do debate, Dudu tocou a música “Como é Grande o meu Amor por você”, de Roberto Carlos, em uma bela e emocionante apresentação. Seu irmão ofereceu a canção ao médico que disse que o garoto não iria sobreviver. A plateia cantou em coro e Dudu ainda foi bastante tietado pelo público. 

Convívio escolar gera avanços significativos para portadores da Síndrome de Down, diz especialista





“Está provado que o portador de Síndrome de Down teve avanços significativos com o convívio escolar”, disse Márcia Duarte, graduada em Educação Especial e doutora em Educação Escolar com ênfase em educação de portadores de Síndrome de Down. Márcia protagonizou, na noite desta quarta-feira, dia 21, a Conferência sobre a condição dos deficientes na 14ª Feira Nacional do Livro em Ribeirão Preto.
Márcia deu início ao bate-papo com a exibição do vídeo: “Querida Futura Mamãe”, produzido pela agência Saatchi&saatchi para uma mãe que havia acabado de descobrir que estava grávida de um filho portador da Síndrome de Down. No vídeo, 15 jovens e crianças de alguns países portadores da síndrome falam com essa futura mãe sobre tudo que seu filho pode fazer, desmistificando o mito que a pessoa com Síndrome de Down não consegue aprender e se virar sozinho.
A professora falou de sua experiência anterior em uma escola pública. “Eu conheço a realidade das escolas. Muitas vezes o professor também não tem oportunidade e nem tempo de se dedicar e se preparar para o aluno com necessidades especiais.” Márcia falou também da extinção da chamada “Classe Especial” e das leis que garantem a matrícula do portador nas classes regulares. A educadora apontou resultados positivos de pesquisas realizadas com alunos inseridos no dia-a-dia escolar.
A professora também se referiu ao Salão de Ideias que ocorreu pela manhã na Feira com os protagonistas do filme brasileiro “Colegas”. “A Feira está dando oportunidade e voz para as minorias. A participação da Rita e do Ariel (protagonistas do filme) desmistificou muito sobre a capacidade dessas pessoas”, completou a professora, que disse estar satisfeita com tudo que pode acompanhar da programação da 14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.
“Eu acompanhei hoje a Mesa de Debates e a Conferência e estou adorando. Aprendi muito e já descobri até novas abordagens para trabalhar com meus alunos”, disse a arte educadora Glaucia Tamiris, que trabalha com dança no CAEERP (Centro de Atividade Educacional Especializada de Ribeirão Preto). Glaucia também acompanhou o espetáculo da abertura da 14ª Feira: “Belle”, o Salão de Ideias com Debora Colker e a Conferência com Mario Sérgio Cortella. “Gostei muito da organização e dessa divisão de temas por dias. O sistema de senha também achei que funcionou muito bem”.

Fonte: Wolfgang Pistori - Imprensa
              www.feiradolivroribeirao.com.br
          Fundação Feira do Livro

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Dia 20 de Maio - O Livro e a Leitura Diante da Condição do Índio no Brasil


Raoni encanta plateia e diz que índio não quer conflito com homem branco



O Theatro Pedro II lotou nesta terça-feira, dia 20 de maio, para ouvir o cacique Raoni e especialistas no tema da Mesa de Debates: “O livro e a leitura diante da condição do índio no Brasil”. O encontro começou com um índio declamando, em português, uma poesia que relata a vida indígena. Raoni, com seus 85 anos, falou em caiapó, com tradução de um intérprete: “É uma honra estar aqui e falar sobre os meus costumes”, salientou. Ele fez questão de reforçar que no Brasil os primeiros habitantes foram os indígenas e que atualmente os governantes querem diminuir as terras deles. “Não quero que o homem branco entre em conflito com os índios”. A apresentação dele foi encerrada com todos em pé, gritos e a platéia cumprimentando o índio. Também participaram da Mesa o índio Roni Wasiry Guará, que saudou a platéia em sua língua e depois arrancou aplausos e sorrisos do público com histórias bem humoradas sobre sua tribo. O escritor índio Daniel Munduruku também participou e se disse emocionado por estar frente ao cacique Raoni, que ele tem como espelho. A última debatedoraMaria Silva Cintra Martins, pesquisadora e professora com experiência na área de Linguística, disse que temos muito o que aprender sobre lingüística e diversidade cultural . “Entendi a importância de desvendar a diferença de línguas, eu tendia a falar como se todos fossem iguais e a língua também.”

Para cientista social, racismo é “problema de época”



Na segunda-feira dia 19, dia em que feira discutiu a condição do negro no Brasil, o Theatro Pedro II recebeu o cientista social Valter Roberto Silvério. O convidado, que dá aulas na Universidade Federal de São Carlos e possui graduação e bacharelado em Ciências Políticas e Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, parabenizou a 14ª Feira Nacional da Feira do Livro de Ribeirão preto pela escolha do tema e do país homenageado, a África do Sul. Valter começou o bate-papo citando temas polêmicos que englobam o universo do negro, como a escravidão, abolição, discriminação social e racial. Ele se diz triste ao observar na longa e larga literatura o sujeito social negro sempre sendo tratado como mercadoria. “A forma e o conteúdo na produção cultural e literária quando associada à raça não pode ter o mesmo valor de quando o autor é branco, isso é impressionante”. O professor citou a existência de três livros com o mesmo nome “Negrinha” e todos de épocas e autores diferentes, mas com o negro sempre no mesmo lugar social, o de escravo ou de classe baixa. “Existe um esforço deliberado para manter intacta a posição social do negro na literatura”, finalizou Silvério.

Tem muita África no ‘Pequeno Príncipe’, diz especialista 


Com o foco no livro e na leitura, a Mesa de Debates desta segunda-feira, 20 de maio, no Theatro Pedro II, discutiu a condição do negro no Brasil. A mesa, contou com a participação da historiadora e escritora Cidinha da Silva e Dagoberto José Fonseca, mestre em Ciências Sociais e pós-doutor em Educação. A marginalização do negro, as leis antirracistas, educação, leitura e datas comemorativas foram alguns dos assuntos mais comentados na mesa de debate, que teve participação ativa da plateia durante todo o evento. O ponto alto da discussão foi sobre as leis e datas comemorativas. “Essas poucas leis que possuímos hoje, só vieram para representar e consolidar uma luta histórica, elas são apenas números e não existiriam se essa luta não tivesse sido travada há muito tempo”, defendeu o professor Dagoberto, que falou muito também sobre a literatura e as mensagens não lidas pela população. “Muitas histórias famosas escondem a cultura africana, como o best-seller “O Pequeno Príncipe” que as professoras passam aos alunos, mas não sabem o cenário dessa história, tem muita África naquele livro”, finalizou.


Fonte:   Wolfgang Pistori - Imprensa
            Fundação Feira do livro de Ribeirão Preto